A foz do Rio Mamanguape é conhecida por ser o lar do peixe-boi-marinho na Paraíba, mas o gigante estuário é casa também de tartarugas, cavalos-marinho, diversas espécies de peixe e do famoso Aratu, caranguejo que pode ser encontrado em ensopados nos bares e restaurantes dos povoados que tiram sua subsistência do rio.
Ademais à beleza exuberante do lugar, existe ali um conjunto de outras coisas tão maravilhosas quanto. A primeira, e mais proeminante, é a ausência. As ausências dali não são do tipo que fazem algum tipo de falta, só não estão presentes e dá-se isso como resolvido. A primeira, é de qualquer tipo de sinal de celular, algo libertador por assim dizer. Além desta, há também a ausência de qualquer coisa da cidade, como trânsito, pressa ou comida processada. Dito isto, acredito eu que a ausência mais importante se trata desta grandiosa falta de coisas que causa a quietude indescritível de Barra de Mamanguape.
Um outro personagem desse lugar é o sonhar. Aquela coisa toda de esperança e espera de coisas que mudem e melhorem mas continuem de certa maneira da mesma forma. Este sonhar é além disso na verdade. Arrisco dizer que o lugar como um todo é imerso num tipo de sonhar pois não seria justo que a gente que vive tão ansioso e com tanta pressa, seja privado de um lugar livre de tudo que nos preocupe como Barra de Mamanguape.
Estas imagens são ao mesmo tempo uma recordação do fim de semana em que pedi Camila em casamento, ao passo que também são um compilado de sentimentos que me fazem doer o peito de saudade da barra.






